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A ARGUMENTAÇÃO NO TEXTO DISSERTATIVO




O texto dissertativo tem como características principais a argumentação, a linguagem impessoal, o fato ou fenômeno, a cientificidade, verossimilhança, objetividade e clareza. O conteúdo do extenso visa, sobretudo; convencer ou influenciar o leitor a partir de um ponto de vista informativo. Nota-se, a partir, de uma breve retomada ao pensamento grego. O discurso na sua forma persuasiva, sendo uma estratégia de comunicação que consiste em utilizar recursos lógicos-racionais ou simbólicos de forma a induzir alguém a aceitar uma ideia, uma atitude, ou mesmo para realizar uma ação.  Portanto, Aristóteles, filosofo grego, categorizou o discurso em logos, pathos e ethos. Em que, no primeiro o discurso leva em consideração a razão, a compreensão e ao raciocínio intelectual do ouvinte, o segundo persuade por meio da emoção, dos sentimentos, das sensações e por último ethos na qual o orador põe em destaque as virtudes de seu caráter transmitindo dignidade, confiança e credibilidade.

O vestibulando deve dissertar em logos, ou seja, expor, explicar e interpretar idéias essas que expressam o que sabe ou acredita saber a respeito de determinado assunto, fato ou fenômeno; escrevendo sua opinião indireta e por fim apresentar soluções de forma clara, racional e lógica.

No entanto, deve ser observado que sua opinião não pode ser distanciar da realidade e nem da moral, ou seja, não devem atribuir idéias não possuidoras de uma noção racional e normativa. Isso porque existem duas possibilidades: aquilo que não pode ser argumentado e aquilo que pode ser argumentado.

Então aquilo que não pode ser argumentado nem deve ser escrito, a exemplo o imaginário do senso comum, o insulto, a ironia, o preconceito, o sacarmos, por mais brilhantes que sejam, por mais que irritem ou perturbem o oponente, jamais constituem argumentos, antes revelam a falta deles e aquilo que pode ser argumentado o vestibulando utilizar-se-á do processo de interxtextualidade para escrever, pois assim não fugira do tema proposto nem da coerência e consistência que seu texto deve possuir. Portanto, desenvolverá ter uma construção textual com finalidade cooperativa e socialmente útil.

Agora o vestibulando tomará conhecimento de alguns tipos de argumentos e depois de componentes da argumentação, que ira auxiliar em sua prática;

TIPOS DE ARGUMENTOS
l Comparação
Estabelece o confronto entre duas realidades diferentes, seja no tempo, seja no espaço, seja nas características físicas, etc.
Nota: muito comum no senso comum e visa dar valor a algo, porém em seu aspecto positivo tende a estimular e no aspecto negativo a menosprezar e ofender.

l Alusão Histórica
O autor retoma acontecimentos do passado para explicar fatos do presente.
Nota: bom argumento de caráter cientifico e demostra conhecimento do assunto. Interessante para fundamentar e estabelecer uma comparação positiva ao texto. 

l Argumentos com provas concretas
Consistem na apresentação de dados estatísticos, resultados de enquetes, dados objetivos, como cifras de investimentos, de despesas e lucros, renda per capita, valores da dívida externa, índices de mortalidade infantil, aumento ou diminuição dos casos de AIDS, ETC.
Nota: valoriza o argumento dando caráter cientifico e comprovada. Deve-se informar a fonte dos dados utilizados.

l Argumentos consensuais
São aqueles em que certas “verdades” aceitas por todos são utilizadas. São afirmações que não dependem de comparação, como por exemplo, “Todo ser humano precisa de boas alimentação e lazer”. “A poluição diminui a qualidade de vida nas grandes cidades”, etc.
Nota: máximas, provérbios e expressões enigmatitas tem característica de senso comum, e, portanto sujeitos a contestação. Podendo, ser utilizado como uma forma de pensar ou exemplificação do pensamento popular.  

l Relações de causa e efeito
São responsáveis pelo estabelecimento de relações de causalidade entre idéias de um mesmo parágrafo ou entre as idéias de um parágrafo e a tese defendida.
Nota: argumento importantíssimo no texto, porém deve ser realizado em poucas quantidade para evitar as ideias opostas do texto comprometendo o ponto de vista sustentado pelo vestibulando. 

l Argumento de autoridade
Apresenta o ponto de vista de uma autoridade ou de uma pessoa reconhecida na área do assunto em discussão. Podem ser frases célebres ou trechos de escritos de cientistas, técnicos, artistas, filósofos, políticos, etc. As citações podem ser feitas em discursos direto oi indireto. No caso do indireto, basta citar o nome da pessoa e resumir suas idéias; quando transcrita em discurso direto, a citação deve vir entre aspas e a indicação do autor pode ser feita com expressões do tipo “Como disse fulano...”, Já lembrava fulano...”, ou entre parênteses.
No exemplo que segue, veja o uso das duas formas de citação:
A Antropologia Cultural demonstra que todas as culturas possuem um caráter lúdico, isto é, o jogo é um elemento da cultura,ele participa da sua construção, manutenção e difusão.
Essa tese é reforçada por Salimon, ao afirmar que “as características do jogo (forma mais pura do lúdico) favorecem tanto o gesto da criação como o da transmissão cultural pelos elementos e traços que evoca”( Salimon, 1996: p. 6). Segundo Oliveira, o poder cultural dos jogos e dos brinquedos, em que se tratando da transmissão e reforço de valores, e marcante.
(Cássio Miranda dos Santos. Presença Pedagógica, set/out. 1998)
Ao estruturar um texto discursivo, convém diversificar os tipos de argumento. Porém, mais importante do que a diversidade e a quantidade de argumentos, é a utilização de argumentos fortes e bem fundamentados, que possam, de fato, persuadir o leitor.

COMPONENTES DA ARGUMENTAÇÃO
l Componentes introdutórios
- comecemos por
- a primeira observação recai sobre
-inicialmente, é preciso lembrar que
- a primeira observação importante a ser feita é que

l As transições
- passemos então a
- voltemos então a
- mais tarde voltaremos a
- antes de passar a... é preciso observar que...
- sublinhado isto

l Os componentes de conclusão
- logo
- conseqüentemente
- é por isso que
- afinal
- em suma
- pode-se concluir afirmando que

l A enumeração
- em primeiro (segundo,etc) lugar
- e por último
- e em último lugar
- inicialmente
- e em seguida, além do mais, além disso, além de que, aliás
- a /             / se acrescenta, por outro lado
- enfim
- se acrescentarmos por fim

l Os componentes de concessão
- é certo que
- é verdade que
- evidente, seguramente, naturalmente
- incontestavelmente, sem dúvida alguma
- pode ser que

l As expressões de reserva
- todavia
- no entanto, entretanto
- mas, porém
- contudo

l Os componentes de insistência
- não apenas...mas
- mesmo
- com muito mais razão
- tanto mais que

l A inserção de um exemplo
- consideremos o caso de
- tal é o caso apenas ilustra
- o exemplo de ... confirma
- etc.

ATIVIDADE

Pesquise em jornais ou revistas e transcreva no comentário desta página o trecho da matéria, que apresente pelo menos um ou mais componentes da argumentação, não  esquecendo de identificar: título, jornal ou revista, caderno ou página e data.



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